quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Consternação

    E parece que você quer me sufocar... Quer me matar aos poucos...

    O telefone toca e você não se interessa em saber quem está ligando, você lê as mensagens... 
-Sim! Eu sei que as lê- E chego a imaginar você guardando novamente o celular sem dar a mínima... E eu gelando... Cada dia... Sem uma resposta. E, cada dia sem uma resposta, é um pouco mais dos raios do meu sol que viram pedras de gelo.

   Acho que estou virando um "iceberg"! Vivo com a esperança de um pouco de calor para derreter esse gelo que estou me tranformando a cada dia... Um pouco de calor... Ah, é o que eu preciso...

  Você continua por aí esbanjando sua alegria de viver, sem se importar com ninguém, distribuindo sorrisos e sabedoria... Jogando "pérolas aos porcos"! Você não vê querido, -que pena! - Não vê que eu sou a sua concha, a qual aperfeiçoaria e guardaria com carinho a sua pérola.

   Mas, você já está pronto e simplesmente quer se expelir de mim, vivendo individualmente, se desprendendo e me prendendo cada vez mais no seu rastro...

   Invadiu a porta do meu coração e acabou jogando a chave fora, quer sair pelo vão... Porém, não! Eu não consigo te tirar daqui... E será que quero? Eu não sei... Eu vivo da esperança de poder tocar-te novamente... Segurar você, oh anjo, que voou para longe! Te trazer para perto e não deixar ir para não voltar... Te fazer ficar, te fazer me amar...

  Você voou, foi como um anjo... Me mostrou o paraíso na tua presença e foi embora... Conheci o bem e pequei... Amei... E agora queimo e gelo! Queimo de tanto congelar... Congelei no tempo em que nos conhecemos e queimo enfermo por não te ter mais aqui...

  Estou no lago que queima enxofre... sou aquela que pede, oh anjo, um pouco de água para que refresque a minha garganta... Pois, tenho sede, sede de ti...

  

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